Óh meus caros senhores
Eu não admito confusões
Na Madeira há aldrabões
Mas não aqui nos Açores
Na Madeira existe o buraco
Nós aqui só temos o Pico
O que avisto é magnífico
Vejo o mundo num caco
Sob o garrote d’austeridade
O povo com archotes na mão
Para o caminho iluminar
Subiu tanto a electricidade
Que esta era a única solução
Pr’a idade das trevas afastar.
1 comentário:
Não com archotes, mas velas,
Cá, em pleno continente,
Para iluminar com elas
Tudo, após o sol poente
Mas o gasto há-de fazer-se
Em jornais e em cartão
Que a gente tem de aquecer-se
E está-se a acabar o Verão...
Tu falas de austeridade
Mas eu falo de miséria
E sei bem do que é que falo
E, à noite, pela cidade,
Quando a coisa ficar séria,
Verás porque me não calo!
Abraço amigo, Poeta!
Enviar um comentário