segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Austeridades carnavalescas


Acabou-se o carnaval
E eu até não acho mal
Não havia pão afinal
E tu como um mortal

Austeridade espiritual
Praticavas como ritual
Agora é comportamental
E a seguir conventual

Abrigas-te no convento
Sob a forma de oração
Dás voz ao teu lamento

O espírito não quer pão
Fica barato o sustento
Mais caro é ser folião.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

caramba, Poeta! Já tinha feito o meu sonetilho quando a net se foi abaixo... acho que não consigo repeti-lo... vai outro...

Mais bem ou mais mal vestidos,
Com mascarilha ou sem ela
O que eles são é uns bandidos
De florzinha na lapela...

Não gosto do Carnaval
E, bem sabe, é-me indiferente
Mas pr`ó povo, no geral,
Vai doer a muita gente...

O que mais hão-de tirar
A quem quase nada tem
E só quer descontrair?

A luz do sol? respirar?
Querem-lhe a vida também?
[isso vem logo a seguir...]


Nem sequer é parecido com o outro, mas não deu para tentar reproduzir porque o outro "saiu" muito depressa...
Até já e um abraço grande! :)