sábado, 11 de fevereiro de 2012

Cálice de ouro


Quando tiverem dentes
E puserem ovos de lata
Então estaremos contentes
A galinha já não se mata

Então será muito a sério
Riqueza ter-se-á acabado
Mesmo a do quinto império
Tanto mundo desolado

Não mais cálices de ouro
Cruzarão lábios sedentos
Não mais lugar a lamentos

Haverá um novo tesouro
No mundo em construção
Após a sua destruição.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

Pobre galinhas, coitadas!
Para que hão-de querer os dentes
Se podem, de uma assentada,
Engolir várias sementes?

Os ovos de lata, então,
Pr`a que lhes hão-de servir?
Mas que grande confusão!
Isto é pr`a me fazer rir?

Mas voltemos ao início,
Falemos do quinto império
Pois não há sonho, nem vício,

Que não tenha o seu porquê,
Que não traga o seu mistério
E o sexto... ninguém o vê!


Ah, Poeta! Acho que adquiri um reflexo condicionado qualquer... de cada vez que fala em galinhas e ovos de lata, desmancho-me a rir! E olhe que estou cansadíssima porque, conforme lhe disse, fui mesmo à manifestação. Estive, mais do que uma vez, à beirinha de "cair para o lado", mas lá me aguentei o melhor que pude. Agora é esperar que as dores vão diminuindo... ou não, porque ,muitas vezes, ainda estou pior no dia seguinte...
Beijinho!