domingo, 5 de fevereiro de 2012

Espelho da morte


Vida é o espelho da morte
Podes olhar-te e reflectir
Terás em vida melhor sorte
Ou tê-la-ás depois de partir?

Se em primeira classe viajas
Levas ouro, prata e brilhantes
Não importa como em vida ajas
Terás um lugar entre gigantes

Se foste um pobre coitado
Da classe dos indigentes
Atrás do prejuízo deves correr

Se foste um remediado
Então as coisas são diferentes
Tens de pagar antes de morrer.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

Todo aquele que nasce, um dia
Vai acabar por morrer...
Nenhuma filosofia
Pode isto contradizer

Mas, da vida, eu colheria
Quanto pudesse colher
E, depois, cá deixaria
Novas formas de se ser...

Já houve tanta excepção
À tal regra da riqueza
Que a morte não é razão

Pr`a se ter pão sobre a mesa...
Mas viver e comer pão,
Essa é razão, com certeza!


Olá, Poeta! :) Lembrei-me do Mestre Aleixo, quando li o seu sonetilho... este grande poeta foi paupérrimo e, no entanto, parece estar a libertar-se da lei do esquecimento a que os pobres são votados... mas melhor seria ele não ter tido de passar tanta fome. Nunca desistirei de acreditar num mundo em que os bens essenciais estejam justamente repartidos. Nunca!
O meu sobrinho, hoje, nem sequer respondeu ao meu sms e também não vi o filho da minha vizinha... mas pode ser que o veja amanhã porque costumo encontrar a senhora durante os dias de semana.
Abraço grande!