sábado, 17 de setembro de 2011

Archotes


Óh meus caros senhores
Eu não admito confusões
Na Madeira há aldrabões
Mas não aqui nos Açores

Na Madeira existe o buraco
Nós aqui só temos o Pico
O que avisto é magnífico
Vejo o mundo num caco

Sob o garrote d’austeridade
O povo com archotes na mão
Para o caminho iluminar

Subiu tanto a electricidade
Que esta era a única solução
Pr’a idade das trevas afastar.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

Não com archotes, mas velas,
Cá, em pleno continente,
Para iluminar com elas
Tudo, após o sol poente

Mas o gasto há-de fazer-se
Em jornais e em cartão
Que a gente tem de aquecer-se
E está-se a acabar o Verão...

Tu falas de austeridade
Mas eu falo de miséria
E sei bem do que é que falo

E, à noite, pela cidade,
Quando a coisa ficar séria,
Verás porque me não calo!

Abraço amigo, Poeta!