Dom Sebastião era chinês
Regressado em boa hora
Sempre mama quem chora
É bem verdade como vês
Ele regressou para mamar
À nossa terra desgovernada
Pois ninguém oferece nada
E nós é que vamos chorar
Quem espera sempre alcança
Nós esperamos sentados
E é com esta perseverança
Pois já tentámos deitados
E era muita a desconfiança
Nessa posição acomodados.
1 comentário:
Mas como será possível
Que, ontem, não tenha encontrado
Sebastião, invisível,
Ou de amarelo pintado?
Ao pedir ajoelhados
É que pode ser pior
Mas refilando, indignados,
Ninguém nos leva a melhor
Umas vezes vem a esperança,
Noutras vem o desespero...
Ninguém nos conhece o fruto
E, por vezes, à lembrança,
Vem-nos o requinte, o esmero,
De um ditador absoluto...
Este sonetilho tinha-me escapado, Poeta.
Abraço grande e boa semana!
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