segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Antidepressivo


Não existe direito ao amor
Nesta mudança civilizacional
Que a tragédia parece propôr
Em troca do valor tradicional

Verdade está morta e enterrada
A fraternidade já desapareceu
A justiça não conta pr’a nada
E o respeito há muito adoeceu

A mentira, o roubo e a paulada
Novos valores que se levantam
E o sistema mole e permissivo

Oferece uma noite na esquadra
Bebes bem e ainda te alimentam
E tens direito ao antidepressivo.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

Amor é um sentimento,
Não é uma imposição!
Quando surge, é como o vento,
Quase como um furacão

Pode bem mais do que pode
Qualquer coisa que se ensine,
Porque é natural, eclode
Mesmo quando se não exprime...

Não sou pela repressão
Mas não gosto da violência
Nem tão pouco da censura

Digo-lhes sempre que não
Com ardor e com veemência!
[à doença oponho a cura]


Abraço um pouco menos ensonado... este sonetilho ia-me roubando o sono... :)