quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Animais


Com a visão da águia vamos
Conseguir elevar-nos mais alto
Com energia do dragão estamos
A um passo de dar o grande salto

Com a força do leão estaremos
Defendidos para todo o sempre
Como a formiga trabalharemos
Não haverá povo como a gente

Se nos virem com ar deprimido
É porque somos muito ingratos
Cuspimos no prato onde comemos

Aproveitemos o que nos é oferecido
Aos políticos devemos estar gratos
Ou então nem sequer os merecemos.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

Poeta, o sangue a ferver
Que trazemos nestas veias,
Talvez ajude a varrer
Muito pó de velhas teias!

E, se à esperteza do gato,
Juntarmos a lealdade
Do cão que traz o sapato
Ao amigo, em liberdade,

Talvez vislumbremos mais
Do muito que há por fazer,
Do tanto que há por mudar...

Eu bicho e nós animais...
Quem ousa pensar que o "ser"
Pode escolher onde estar?


Abraço grande, Poeta! Sou uma daquelas pessoas que não se julgam mais importantes nem mais leais do que um cão e muito menos mais persistentes do que um gato... também acredito que nem todos os políticos são passíveis de corrupção e que seria perigoso tratá-los a todos como "farinha de um mesmo saco". Penso que essa estratégia só viria a beneficiar os grandes capitalistas que, apenas muito ligeiranmente assustados, se vão entretendo a lançar-nos cenouras para a "arena", sabendo de antemão que a dispersão é uma arma que joga a seu favor.