quarta-feira, 19 de outubro de 2011

General


Esta é a greve do general
Furriel não está de acordo
O soldado vai passar mal
Sargento está mais gordo

Não há dinheiro pr’o soldo
Todos ralham sem razão
Sentem-se à sombra do toldo
E roam as côdeas do pão

Não esperem dias melhores
Esta é a curva descendente
Do futuro há muito prometido

Na demência haverá piores
Dias de esperança ausente
Duma guerra sem sentido.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

Nem sargento, nem major,
Nem furriel ou soldado
Podem esperar o melhor
Se o país está condenado!

Todos ralham... com razão
E mesmo os mais egoístas
Dão a sua opinião
Tentando não "dar nas vistas"

E quem comprou, afinal,
A guerra em que nos meteram
Tão contra a nossa vontade?

Não seria o capital
E os offshores que o receberam?
Esta é, Poeta, a verdade!


Abraço grande! Nenhuma guerra faz sentido mas os direitos tão duramente conquistados, vão ser-nos arrancados um a um e eu estarei sempre do lado daquele que se negar a entregá-los de bandeja. O objectivo final é exactamente esse, Poeta. Há muito que tenho vindo a pressenti-lo e a minha decisão foi tomada com toda a consciência.