Houve um dia a perestroika
Noutro caiu o muro em Berlim
Agora enfiam-nos a troika
E acham que isto fica assim
Mas constroem tantos muros
Para a divisão não ter fim
E acham que somos burros
E eu também acho que sim
E de tanto o burro carregar
Sem cenoura pr’a o motivar
Já não anda mais o burro
Só lhe dá para escoicear
Não sei como irá terminar
Mas cheira um pouco a esturro.
1 comentário:
Como os burros, tantas vezes,
Com as palas ajustadas,
Serão alguns portugueses...
Até serem arrancadas
Essas palas que os cegavam
E as cangalhas sobre o lombo
Mas também esses pensavam
Não levar tão grande arrombo!
Se o burro parar de vez
Quero ver quem "dá no duro"
Pr`o capital se encher mais!
Português que é português
Não abre mão de um futuro
Conquistado por seus pais!
Abraço, Poeta!
Independentemente da retórica, este burrico que publicou a ilustrar o seu sonetilho, está uma delícia! :)
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