sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

A dívida explicada às crianças


Paga a dívida se és criança
És governante faz a gestão
Credor não perde a esperança
Se lhe acenas com a solução

Se a solução é a vinte sete
Podes inclui-la no tratado
Que ninguém se compromete
E também não sai defraudado

Se é a vinte e três então
Um acordo devem assinar
Pois já sabem de antemão

Que não será para durar
É estratégia de alemão
Que a todos quer arrastar.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

Não pagues, criança! Morde!
Morde a mão que te prendeu!
Que o teu opressor recorde
Que o que quer roubar-te é teu!

Mesmo que ninguém concorde
Com este conselho meu,
Que, ao menos, a ti te acorde!
Se alguém pagar, que o pague eu!

Nestes tempos tão difíceis,
Que tão dura realidade
Possa ser-te, a ti, poupada

Que estes tempos, como mísseis,
São, pr`á tua tenra idade,
Ferida aberta, ensanguentada...


Ainda me saiu este... com algum receio de me estar a exceder... nem sei muito bem em quê. Afinal foi isto o que eu senti no momento em que li o seu sonetilho. E eu tinha prometido, a mim mesma, e a si, que responderia, sempre, a primeira coisa que sentisse fortemente.
Abraço grande, Poeta!