quinta-feira, 28 de julho de 2011

Alucinação


Não há respostas ao retardador
Na actual sociedade chiclete
Mastiga até perder o sabor
A seguir deita fora na retrete

Esta é uma sociedade sem dor
Moda Primavera/Verão promete
Estação com muito esplendor
Depois deita fora, não faças frete

É uma sociedade a todo o vapor
Em que dás um passo em frente
Mesmo estando à beira do abismo

Lá em baixo sente tudo ao redor
E se sentires um cheiro diferente
Não esqueças, puxa o autoclismo.

3 comentários:

AFRICA EM POESIA disse...

O teu poema retrata a nossa sociedade.
É mesmo assim.
E é pena.
Mas...é o que temos
Um beijinho para ti

Maria João Brito de Sousa disse...

Vou buscar a minha "reacção epidérmica" :)) a este poema! esqueço-me sempre de a trazer na ponta do cursor...
Beijinho!

Maria João Brito de Sousa disse...

O consumismo agoniza
Para a grande maioria
Que, ao pedir, só preconiza
O tal pão do dia a dia

E eu, já com tantos anos,
Não "embarco" na corrida...
A pressa provoca danos
E eu ficava perdida!

Mas não é "formatação"!
Esta minha convicção
Vem cá do fundo de mim!

Vou fazer quanto puder
Pois mais não posso fazer
E estar vivo é mesmo assim!

Abraço grande! :)