Gasóleo desce pr’á semana
O peso na consciência não
Mas que situação desumana
Sobe o preço do leite e pão
Neste sobe e desce infernal
Poupa cêntimo quem passeia
Já para a alimentação matinal
Rouba-se um pouco da ceia
Estômago entrou em recessão
Mas compreende a austeridade
Agência de rating é impiedosa
E baixou o rating da digestão
Que pr’a cumprir a actividade
Se faz de forma mais vagarosa.
2 comentários:
Pede parecer mentira
Mas garanto que é verdade;
Uma embalagem tão gira
Até nos cura a saudade!
E, com alguma surpresa,
Posso mesmo adiantar
Que a digestão ficou "presa"
E que eu nem queria almoçar...
Dói barriga e dói cabeça,
Tenho febre e tenho frio
Mas ainda vou escrevendo...
Mas que ideia será essa
Que provoca um arrepio
Que eu nem sequer compreendo? :))
M. João
Poeta, com as agências de rating nem o Eno nos pode valer! Sabe o que me assusta mais - não é bem assustar, mas é parecido... - nos seres humanos? É essa sua inconfessável capacidade de se desmaterializarem enquanto seres vivos para se transformarem em fórmulas mágicas dos interesses exclusivamente económicos. É perfeitamente aterrador e, para cúmulo, acreditam piamente no que fazem...
Abraço grande!
“Godnomics”
Esta depressão que nos anima
Nestes tempos tão materialistas
Os seres humanos dão nas vistas
E diferença pr’o robot é mínima
É certo que um robot deprimido
Não se anima como o ser humano
Ele permanece triste e inumano
Mesmo que tome o comprimido
Ao humano basta a pastilha tomar
Para que o caso mude de figura
Como resultado da transformação
Em absoluto passa a acreditar
No Deus da economia que perdura
Ele que indicará a via da redenção.
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