domingo, 4 de dezembro de 2011

Produto interno turvo


Produto interno bruto
É bruto por natureza
Se não aumenta o produto
Afogamo-nos em despesa

Quem gasta sem produzir
Um dia vai-se afundar
Melhores dias hão-de vir?
Eu não o posso afirmar

Mas a alguém ouvi dizer
Que daqui por vinte anos
Vamos estar para as curvas

E há quem consiga antever
Os navegadores lusitanos
A navegar em águas turvas.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

Tão estranho produto interno,
Seja bruto, ou delicado,
Está a gerar um inferno
Neste país naufragado...

Eu também ouvi dizer
Que este euro está de saúde
E que o demais se há-de ver
Se mudarmos de atitude...

Mas pedir aos portugueses
Que sobrevivam do nada
Vivendo pior que cães

É próprio de alguns burgueses
De barriga consolada
E está bem pr`ós... alemães!


Parece que fiquei com saudades da minha última bola de Berlim... este saiu sem eu dar por ele... :))
Até já, Poeta!