sábado, 27 de agosto de 2011

Natal da beterraba


Trinta e tal anos de promessas
Iludido, ó Zé, sempre continuas
Animal de hábitos não te esqueças
Que com facilidade te desabituas

Desabituas-te de viver simplesmente
Mas porque te recusas a sucumbir
Passas então a vegetar alegremente
IVA de alfaces sorridentes vai subir

Por isso está na altura de mudar
Não te preocupes, temos um plano
Além da política, guerra e pobreza

Mudas para beterraba, vais a refinar
Ensacado e armazenado até pr’o ano
Passas um doce natal com certeza.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

Muito além deste Natal
Quereremos garantir
A alimentação que mal
Vai chegar para nutrir...

Muitos de nós poderão
Abdicar de muito luxo
Com caminha, educação
E alguma coisa no bucho...

Bem mais que o último grito
Da "coisa topo de gama"
Lutamos por garantias!

Se aqui criarmos atrito
Será por falta de cama
E não de outras mordomias!!!


Boa noite, Poeta! Agora usei a segunda pessoa do plural... e penso que o posso fazer porque vou encontrar eco em muita gente, sem dúvida nenhuma!
Abraço grande e muito obrigada! :)