sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Procura-se


Hoje vamos acabar com isto
Só que isto nunca mais acaba
O homem nunca mais foi visto
Mas todos sabem onde estava

Aqui joga-se ao gato e ao rato
Procuram-no vivo ou morto
No hotel, vivenda ou buraco
Terá sido visto no aeroporto

Não importa isto é divertido
Manda-se uns tirinhos pr’o ar
Umas bazucadas na moradia

Provavelmente terá fugido
A Nova York terá ido almoçar
Com uma bela loira quem diria.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

Nem mosca ou mesmo formiga
Eu perseguiria assim...
O meu cãozito que o diga
Pois não tem medo de mim...

Já estou a ficar cansada
De tanta perseguição
Por uma razão que em nada
Pode ter qualquer razão

Nestas respostas que dou
Falo mais do que devia
Mas bem menos do que quero

Bem vê, Poeta, assim sou;
Tão capaz desta "avaria"
Quanto do que já nem espero...


Este ainda me nasceu, Poeta. É um bocadinho "tonto" e tem um final ambíguo, mas para quem já está a dormir em pé, poderá considerar-se aceitável :) Para o soneto do seu pai é que já não dá... por muito que o meu corpo esteja a responder ao cansaço, a minha cabeça ainda está às voltas com aquela transição final que eu, exactamente por ser tão imune a publicidades e afins, não consigo ver tão cor de rosa como eles pretendem fazer parecer... esta malvada sinceridade só me deixa "engolir os anzóis" que me digam respeito a mim mesma. Quando é a humanidade inteira que está em jogo, não engulo coisa nenhuma.
Abraço grande!