segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Sultanato


Venham mais cinco
Resgates que eu pago já
Trabalharei com afinco
Não se preocupe o marajá

Não se preocupe o sultão
Nem as suas concubinas
Pagarei até ao ínfimo tostão
Para ele possuir as meninas

Para o palácio conservar
Alimentar os puro-sangue
Terão a nossa compreensão

Pequeno esforço dum milhão
Não é coisa muito grande
Para o sultanato preservar.

1 comentário:

Maria João Brito de Sousa disse...

Preservá-los... em conserva!
Para que nos servem vivos
Se, por eles, comermos erva
E nos sentirmos cativos?

E os marajás de Ocidente
- que tantos por cá existem... -
Vivendo à custa da gente
E dos pobres que conquistem,

Que falta nos fazem esses?
Nos contos de Sheerazade
São, decerto, ingrediente

Mas se, em verdade, pudesses
Dividir-lhes a vaidade
Pelos mais? Isso é urgente!